Após um intervalo de oito anos, a Revista Saber Amazônia ressurge com fôlego renovado e um propósito ainda mais claro: tornar a ciência acessível, próxima e inspiradora. Desde sua primeira edição, em 2014, a publicação abriu uma janela para mostrar o conhecimento produzido na Universidade do Estado do Pará (Uepa). Agora, em sua 11ª edição, a retomada vem marcada por dois movimentos transformadores.
O primeiro deles é o compromisso definitivo com a divulgação científica. Esta edição inaugura uma nova fase em que as pesquisas desenvolvidas na graduação e na pós-graduação da Uepa, bem como os estudos de pesquisadores parceiros, encontram espaço para dialogar com a sociedade. Acreditamos que o saber científico deve ultrapassar os muros da academia e chegar, com clareza e relevância, a todas as pessoas que vivem e constroem a Amazônia ou que por ela se interessam.
O segundo destaque é o investimento na linguagem multimídia como ponte entre o conteúdo acadêmico e o público leitor. Mais do que uma revista em PDF, Saber Amazônia se desdobra em um portal digital dinâmico, com web stories, videocasts e conexões que expandem o alcance e a experiência da leitura científica.
Nesta edição, a capa nos convida a conhecer o fascinante — e muitas vezes incompreendido — universo dos morcegos, protagonistas da matéria “Morcegos da vida real: aliados do equilíbrio ambiental e potenciais vetores de doença”, baseada na pesquisa do doutorando Neuder Wesley (Uepa/Sespa). Também ganham destaque o projeto “O cérebro vai à escola”, da professora Ivete Caldas, que articula neurociência e educação no Baixo Tocantins, e a encantadora iniciativa “O mundo é dos insetos”, da professora Jéssica Herzog Viana, que mobiliza estudantes da Ilha do Marajó para a ciência dos insetos com criatividade e valorização do território.
Entre ciência e cultura, a matéria “Letras que encantam” resgata a beleza e o significado das letras de barco — expressões gráficas presentes nas embarcações amazônicas — investigadas no Trabalho de Conclusão de Curso de Nicolas David da Silva Conceição, egresso do curso de História da Uepa, no campus de Vigia.
A arte também se faz presente com o trabalho do artista visual e escritor Rafael RG, que passou pelo Planetário da Uepa com a instalação “Ao cair da noite, eu me guiarei pelo brilho dos seus olhos”, uma experiência sensorial abordada na matéria que convida o público a olhar para cima, para o céu, para o cosmos e para dentro de si.
E na sessão de entrevista trazemos a potência do pensamento crítico e do compromisso com a transformação social, na conversa inspiradora com a professora e pesquisadora Ana Lídia Nauar, que nos conduz por reflexões sobre as múltiplas faces do feminismo, suas lutas e conquistas na realidade amazônica.
Mais do que informar, esta revista quer aproximar. Queremos que você — leitor/leitora, estudante, professor/professora, pesquisador/pesquisadora, cidadão/cidadã — sinta que a ciência feita na Amazônia tem rosto, tem voz e tem qualidade.
Seja bem-vindo (a) à nova fase da Revista Saber Amazônia.